ZECA – o robot minhoto que está a ajudar as crianças autistas!

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O projecto da Universidade do Minho “Robótica – Autismo” , desenvolveu e apresentou o robot ZECA, sigla para “Zeno Engaging Children with Autism”. O projecto teve início em 2009 no Centro Algoritmi e no Departamento de Electrónica Industrial da Universidade do Minho, e é coordenada pela Professora Filomena Soares, juntamente com Cristina Santos, João Sena Esteves, Sandra Costa, Ana Paula Pereira (CiED – Uminho) e Fátima Moreira (APPAACDM – (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental).

Como pode ler-se no site dedicado ao projecto (http://robotica-autismo.com/), o principal objectivo deste é usar robots para melhorar vida social de crianças com perturbações do espectro do autismo. Em particular, pretende melhorar as capacidades de interacção, comunicação e reconhecimento de emoções num ambiente social por parte destas crianças.

Várias publicações científicas apontam para a (boa) influência dos robots na melhoria das capacidades sociais destas crianças, sendo que recentemente esta prática foi classificada como uma das 27 práticas de intervenção a usar no desenvolvimento destas crianças (http://www.robokindrobots.com/robots4autism-home/robots4autism-research/).

Como surge então este casamento entre robots e as crianças com perturbações do espectro do autismo?

Como responde a Dr. Pamella Rollins, do UT Dallas Callier Centre for Communication Disorders, “All kids with autism have problems with social interactions, but they are really really good at technology” (Todas as crianças com autismo têm problemas nas suas interações sociais, contudo são mesmo mesmo boas/interessadas em tecnologia) na sua entrevista à CNN (http://edition.cnn.com/videos/tech/2015/04/02/lead-pkg-foreman-robots-help-fight-autism.cnn) .

Os testes realizados com o ZECA, em cenário de jogo, mostraram que as crianças autistas portuguesas “…melhoraram os seus níveis de resposta, envolvimento e interesse na interacção. Exibiram mais comportamentos não-verbais e tiveram um desempenho significativamente melhor nas tarefas, quer na identificação e imitação das expressões faciais como na inferência dos estados afectivos de colegas”, como conta ao Jornal Público (http://www.publico.pt/sociedade/noticia/universidade-do-minho-cria-robo-que-ajuda-criancas–com-autismo-1691197)

Este projecto que já resultou em quatro teses de mestrado, pelo menos três artigos internacionais, e  dezenas de contribuições (poster/oral e convidadas) em conferências científicas nacionais e internacionais, foi recentemente distinguido no site de referência internacional Robokind (http://www.robokindrobots.com/robots4autism-home/robots4autism-research/) .

Esta é sem dúvida uma janela de esperança para este distúrbio neurológico que afecta uma em cada mil pessoas.

In http://excelenciapt.com/site/?p=1512